Quanto tempo fiquei a esperar por ti,
ao pé da porta ou às margens d’algum mar distante.
Esperei-te pelos dias que correram infinitos,
entre a bruma leve e o sol ardente.
E nasceu-se a manhã…
Teceu-se a tarde…
Desfiou-se a noite…
E tu nunca chegaste.
Nem mesmo nas madrugadas!
Tornei-me folhas secas de outono, varridas pelas brisas.
Vesti-me em flores coloridas e sementes áridas de primavera.
Não fui todas as estações!
Faltou-me o teu toque de Midas,
mas não para que eu virasse ouro e sim,
me reluzisse para a vida.
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