ESPERAS…

Quanto tempo fiquei a esperar por ti,

ao pé da porta ou às margens d’algum mar distante.

Esperei-te pelos dias que correram infinitos,

entre a bruma leve e o sol ardente.

E nasceu-se a manhã…

Teceu-se a tarde…

Desfiou-se a noite…

E tu nunca chegaste.

Nem mesmo nas madrugadas!

Tornei-me folhas secas de outono, varridas pelas brisas.

Vesti-me em flores coloridas e sementes áridas de primavera.

Não fui todas as estações!

Faltou-me o teu toque de Midas,

mas não para que eu virasse ouro e sim,

me reluzisse para a vida.

Facebook Comments Box