Não gosto de mesquinharias, tacanhices.
Sou adepta a generosidades e abundâncias, assim como as mães, quando amamentam seus rebentos em seios fartos.
Necessito de mãos estendidas e das palavras enfeitadas a fitas, dos olhos que penetram e dos toques que arrepiam.
Na minha melancolia acrescento notas de alegrias… Sinfonias que saltam em risos e festas.
Risos?
Ah! Os risos precisam ser imensos ou extensos, mesmo que apareçam as murchas gengivas.
Dispenso veemente as ausências.
Mergulho no silêncio que possui o mais emocionante arrulho, barulho de passarinhada que engole canteiros inteiros de girassóis.
Gosto do aconchego de infinitos braços e densos amplexos, que me acolhem no simples gotejar da autêntica amizade.
Assim caminho lívida e volitando, por todas as estradas, esbanjando ou desperdiçando tudo aquilo que não me faz falta.
Desapego é raio que corre solto, feito moleque que sente o gosto de todas as frutas maduras, num único pé.