AO CAIR DA TARDE…

Uma folha vazia

Onde todos possam escrever o dia

Que passou ligeiro…

Que passou lentamente…

Que passou como tinha que se passar.

Uma pauta colorida

Onde cada um escreva a sua canção

Em Sol, em Fá, em Dó

Ou na simples clave

Que melhor representar o seu cantar.

Uma música sem melodia

Onde todos tenham a oportunidade

De cantar todos os sentimentos

Sejam eles insanos, profanos,

Santos,

Absolutamente cautos ou incautos.

Uma palheta cheia de tintas…

Cores primárias, secundárias

Matizes puras a formarem paisagens

Nas mãos de cada um.

No cair da tarde,

Varanda cheia de gente

Um fogão com comida quente.

Cama macia,

Ao lado, uma amada companhia

A repartir, na noite,

O dia que se findou…

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