Borboletas no meu estômago
Mariposas na tua cabeça
Tomba-me ao chão e loucamente me beija
Assanha-me a alma
Na palma da tua mão tingida em tatuagem
Sussurra-me, verborragicamente, bobagens
Cala-me os sonhos
Nos devaneios das tuas viagens
Pois no trem da meia-noite
Teremos garantida passagem
Borboletas no meu estômago
Mariposas na tua cabeça
Dá-me o teu regaço
Para que o mal da vida eu esqueça
E entre perdas e danos
Que se dissolvam todos os enganos
Pois na estação da vida
No trem que chega
E no trem que também parte
As borboletas e as mariposas
Misturem para sempre as nossas bagagens




