Não conheço Margarida pessoalmente, mas é mineira, portanto, gente boa e do bem.
Mas não conhecer, pessoalmente, essa mulhar incrível, não significa que não possa imaginá-la como persona.
Acabei de ler sua obra, lançada recentemente, que chegou-me pelas mãos do amigo Gustavo Uchôas.
O livro LEMBRANÇAS DE LUTA E FÉ – Crônicas de uma mulher que viveu com coragem e escreveu com o coração, pegou-me, já de início, pelo título.
Logo na primeira orelha, minimalista, o que muito aprecio, duas frases de impacto, que diria ali, o que eu iria encontrar nas páginas seguintes: “Escrevo para não sufocar. Cada crônica é um pedaço da minha alma pedindo passagem.”
E realmente a alma da escritora passa, de maneira leve, simples, serena e sutilmente colorida como brisa, porque, apesar dos dias atuais serem conturbados, cheios de urgências e emergências, Margarida consegue extrair o sumo mais leve da sua vida, compilando suas lembranças em coragem e luta, embrulhando todos os acontecimentos na delicadeza da mais fina seda, como quem guarda algo precioso, numa caixa e entrega, de presente, para todos aqueles que lhes são caros.
Um prazer poder folhear as páginas da vida que a autora percorreu e guardou por anos dentro de si, para bem mais tarde, com experiência apurada e com a maestria que só os sábios possuem, transformar em crônicas, gênero literário que muito aprecio, por falar do nosso dia a dia, das coisas que nos acontecem e que nos ensinam muito, quando transcritas com olhar apurado e observador, daqueles que têm o dom da escrita e a prosa poética afiada, para transformar acontecimentos triviais em lindas histórias.
Mais um exemplar da literatura mineira, para ser abrigado na minha estante de amigos.
Mais histórias que voam e pousam na minha alma e que possam também pousar na alma de tantos outros.
Sucesso a escritora e meu profundo reconhecimento.