MAKTUB? DESTINO? PORQUE O QUE TIVER QUE SER, SERÁ…

Sempre gostei de sair. Mas veja bem, nunca fui de grandes baladas! Gosto de sair assim – para tomar um café na cidade mais próxima da minha… de repente, dar um pulo no mar que estiver mais perto… sempre foi desse jeito. Nos fins de semanas, quando não estava no trabalho eu me permitia bordejar por lugares pitorescos, simples, mas particulares, incomuns. E durante muito tempo esse foi meu divertimento, minha válvula de escape – um café aqui… uma praia acolá…
Na verdade sempre quis viajar. Conhecer as coisas do mundo! A aurora boreal, a casa de Fernando Pessoa, a Torre de Paris… tomar um café na França… os Canais de Veneza, as pirâmides, as grandes muralhas, muitas delas já destruídas… eu queria voar… ter minhas próprias asas.
Planejei por anos uma viagem à Europa. Comprei guias de viagens, conversei com pessoas viajadas, rabisquei trajetos… comecei a pagar uma grande e inesquecível viagem, mas não deu tempo de fazer as malas.
Há certos solavancos, turbulências, contratempos que nos tomam de assalto e tudo vai por água abaixo. A viagem minguou, como tem minguado muitos planos que faço. Há sempre prioridades de mais urgências e emergências.
Eu não sei ser diferente!
Meu compromisso com a VIDA é grande!
Quando precisam de mim eu vou atender!
Há certas pedras que nos tomam o caminho e dificultam os passos.
Tenho arrancado, um a um, cada obstáculo que tem me aparecido… sou tenaz, talvez com uma ponta de otimismo que não cessa.
Acredito que tudo será melhor!
Mesmo sem saber o que é fé e esperança, eu carrego essas duas palavras, de sensação imensurável, dentro do peito, ou sei lá dentro de onde de mim…
Já descartei tantas vãs filosofias… algumas delas de filósofos renomados.
Já queimei em grandes fogueiras as ingênuas linhas de autoajuda.
Já criei meu próprio estilo de escrever o mundo, para depois destruí-lo.
O que importa é que eu tenho viajado, mas agora sem planos, sem naus, sem trilhas, sem bússolas…
Eu criei meu NORTE e é para lá que caminho, conhecendo vilas imaginárias, florestas encantadas, deidades magníficas!
Tenho tomado cafés nos quatro cantos do mundo.
A viagem está dentro de mim, uma vez que não me é possível explorar por fora…
A VIDA tem me tomado de maneira voraz em suas intempéries, suas finitudes e mesquinhezes.
Talvez a VIDA seja grande demais para mim e eu pequena diante dela!
Maktube?
Destino?
Não! Nada disso…
Apenas tenho perseguido aquela boa e velha expressão – O QUE TIVER QUE SER, SERÁ!

Ando! Ando! Ando! Sem sair do lugar!
Talvez seja esse meu fado…

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