Desaguo em ti, amor, toda a ternura de um riacho em fio;
outras vezes ergo a sombra de imensa onda,
onde corre uma bica de paz e esperança.
Desaguo eu, em densos caldos de saudades oceânicas.
Águas rasas e profundas que mergulham em meu pensamento
como espelho mágico formando fractais de devaneios e sofrimentos.
Sargaços que me cobrem o corpo,
quando o coração ancora nas densas areias,
em dunas altas e brancas, onde moram lindas sereias.
Minha alma vagueia, numa nau encantada,
pois minha vida é mar…
Ponto de encontro, nas noites de clara lua
ou ponte que me leva da minha casa até a tua.




