São aqueles tempos, nos quais a gente precisa se esvaziar, silenciar a mente… fechar-se para os ruídos.
Tempos nos quais o corpo pede pausa e procura uma “rede preguiçosa pra deitar”, deixando os pássaros se aninharem no nosso regaço e fazer ninho no coração.
Momentos de buscas, aprendizados.
A exaustão não é de tudo uma má companhia. Ela apura a alma e sossega as emergências e urgências.
Na verdade, nessa vida, nada é para ontem.
Ninguém come fruta verde e compreende que, fruta madura é mais saborosa, mas precisa da espera para maturar.
São apenas tempos de pés descalços para sentir o chão que estava perdido.
São apenas tempos de distanciamento para analisar cada movimento interno.
Momentos que vem e vão, como o balanço manso de uma embarcação que paira, à deriva, para degustar a brisa que o UNIVERSO nos dá de presente.
Tempos das ampulhetas, das clepsidras, dos relógios de bolso.
Tempos para viver, somente para mim.
