Porque há secretarias que funcionam, onde os funcionários se dedicam, onde as autoridades se envolvem, onde o município é um organismo que possue suas funções sincronizadas e, acima de tudo, as interligações e transversalidades existem de fato e de direito.
Num trabalho que envolveu todas as áreas da administração pública, numa parceria concreta, começou dia 06 de novembro e vai até hoje a V FLI – FEIRA LITERÁRIA DE ITANHANDU.
É fato! Uma cidade pequema, com quase 15 mil habitantes, mas a comunhão da LITERATURA e demais áreas da CULTURA fizeram toda diferença nesses três dias de festa.
Vale ressaltar que recentemente a cidade inaugurou uma casa de CULTURA digna de receber todos os artistas e, inclusive aqui, nesse meu espaço, registrei a inauguração, afinal, tenho muitos amigos que são cidadãos de Itanhandu.
A FLI desse ano aconteceu em espaço especial e cheia de reverência, com realmente deve ser uma FEIRA LITERÁRIA.
A entrada da Fundação Itanhanduense de Educação e Cultura Dilza Pinho Nilo está linda, enfeitada com poemas pendurados por toda a área (foi uma iniciativa voltada para poetas que têm ligação com a cidade).
A entrada também conta com essa homenagem aos 40 anos da Fundação Itanhanduense.
No acesso ao salão da Fundação Itanhanduense, colocaram no teto um grande livro, com um espelho interno para quem está embaixo olhar para cima e fazer fotos.


O vice-presidente da APESUL, Gustavo Uchôas, representa a associação e, nos conta tudo com entusiasmo e encantamento.
“O salão da Fundação Itanhanduense esteve sempre cheio. Várias escolas estão marcando presença na plateia e com apresentações que ocorreram ao longo da programação.
Na abertura, o prefeito de Itanhandu esteve presente o tempo todo, prestigiando. Ele é, de longa data, um entusiasta da cultura (foi ele que deu início ao grupo Prosa e Verso de Itanhandu).
E teve café caipira, servido na Feira Literária de Itanhandu, para todo o público (amanhã terá também).
A movimentação foi intensa. A prefeitura de Itanhandu cedeu transporte para trazer alunos de todas as escolas municipais (inclusive da zona rural). As escolas estaduais estão marcando presença também (uma das escolas estaduais mandou cerca de 300 alunos para prestigiar a Feira de manhã e mais um tanto à tarde).
E todos os alunos presentes estão ganhando itens do café caipira. Todos felizes, se alimentando de quitutes e de cultura!
Alunos da rede pública estadual e municipal protagonizaram uma mesa na Feira Literária de Itanhandu, falando sobre livros e telas (a leitura na era digital).”
Não podemos comparar, pois cada município traz sua realidade e peculiaridades, porém podemos tomar por exemplo organizações de feiras de outros lugares que realmente funcionam.
Toda administração tem que fazer um balanço daquilo que acrescenta e do que deve ser descartado por não agregar valores positivos.
O que os escritores independentes desejam é ser valorizados, para que possam produzir sua arte da escrita como qualquer outro artista, ainda que muitas pessoas não compreendam que escrever é uma arte.
Formar leitores é o desejo ainda maior e constante de um escritor.
As FEIRAS LITERÁRIAS são espaços criados para vencer os obstáculos dessa formação de novos leitores, oportunizando novas obras, desmistificando celebridades literárias, pois essas já possuem lugar cativo nas grandes BIENAIS que estão fora da realidade dos escritores que não são renomados.
O que muitas prefeituras não compreendem é que, as feiras de literatura não foram criadas para enaltecer celebridades, mas sim para confraternizar a memória local, colocando juntos escritores e leitores locais ou de municípios próximos, produzindo relatos de vivências diferentes.
A importância dos alunos nesses eventos é de extrema relevância, uma vez que uma das funções da escola, além de desenvolver o ensino sistemático, é também proporcionar atividades culturais transversais.
A necessidade de valorizar o artista local, seja ele de qualquer segmento é enaltecer aquilo que de melhor o município produz, como patrimônio material ou imaterial.
As feiras são momentos de trocas, de debates, de intercâbio e até da prática o ESCAMBO, onde escritores trocam obras entre si. É fazer valer a concepção de mundo que o escritor carrega em seu interior.
Toda escrita é própria e possui a autenticidade do lugar de vivência e experiências que o escritor traz consigo e, são as feiras, responsáveis por difundir tanta pluralidade literária em todos os gêneros que a escrita abriga.
Vida longa para a FLI e parabéns a imensa equipe que se envolveu para que o evento se tornasse um SUCESSO.
Uma singeleza GRANDIOSA, onde tudo o que foi apresentado tem um valor imensurável.
Parabéns ao prefeito Paulo Henrique Monteiro e a todas as autoridades que tornaram essa FESTA LITERÁRIA um grande evento.
Não posso deixar de mencionar o querido amigo Renato Carneiro que incansavelmente trabalha em prol da Cultura e as pessoas que o ladeiam, pois para mim, o amigo Renato tem um lugar especial na minha vida literária e cultural, além da pessoal, porque conviver com Renato é desfrutar das levezas da vida.
Aqui alguns momentos registrados pelo nosso amigo Gustavo Uchôas para deixar nosso coração em festa…




A delícia do café caipira, mostrando a hospitalidade do mineiro, que tem como parte da sua personalidade acolher todos aqueles que chegam…

Apresentação do Coral da Fundação Itanhanduense de Educação e Cultura Dilza Pinho Nilo

Num evento, onde todos dão um pedacinho de si e se reúnem para um bem maior, que é o trabalho para o coletivo, só pode dar certo.
Fica aqui, uma dorzinha e também a alegria no coração, dessa colunista que queria muito estar presente e poder abraçar cada um dos amigos…
QUE O TEMPO E AS PALAVRAS SEJAM ETERNOS, pois como diz Adélia Prado: “O que a memória ama, fica eterno. Te amo com a memória, imperecível.”
Que todos aqueles que passaram por essa FLI, nos três dias de festa, levem essa sensação de alma alimentada por palavras, música, dança, teatro e amizade.





Respostas de 13
Parabéns, Malu pelo registro! E temos mais uma vez que parabenizar Itanhandu, desde o povo hospitaleiro, até o prefeito e altarquias que se dedicam à Cultura e acreditam nos seus artistas e com eles fazem festas tão bonita, como já acostumamos ver diuturnamente e com mais vigor na FLI-Feira Literária de Itanhandu na sua 5a. edição!
Com o tema central “O Tempo e as Palavras”, a edição deste ano propõe uma profunda reflexão sobre como a literatura, a memória e a imaginação são tecidas pelo tempo. A escolha do tema é especialmente significativa, pois coincide com duas datas comemorativas importantes para a instituição anfitriã: os 40 anos de existência da Fundação e os 80 anos do lançamento da Pedra Fundamental de seu prédio.
Um abraço especial para Renato Carneiro, Eldes Saullo, Paula Schimmelpfeng e Paulo Henrique Lopes, Antônio Marcos Foureaux e demais escritores, ao Paulo Henrique Monteiro, ou simplesmente o Paulinho, o prefeito, com sua presença e sempre apoiando a FLI. Já estamos aguardando a VI FLI!
Excelentes colocações, Pepê. Umevento planejado e não somente porque tem que se cumprir calenáriod festivos… É algo mais profundo, como a LITERATURA tem que ser.
O evento está maravilhoso! Itanhandu tem uma veia cultural antiga e potente (Heitor Alves, Vida Alves, Ceumar, etc). É significativo demais celebrar a literatura aqui em Itanhandu e com uma estrutura e organização exemplares, de fazer inveja a vários municípios que promovem eventos literários.
Isso para mim se chama COMPROMETIMENTO, equipe, acolhimento. Poder público atuante e valorizando as atividades locais… Uma cidade para se pensar em morar.
Excelente registro. Uma Feira que vai deixar saudades e gosto de querer mais todos os anos. Que assim seja!
Realmente, Gustavo disse que foi de encher os olhos e acalentar o coração. A LITERATURA pulsou forte…
Parabéns Malu e obrigado por compartilhar conosco as suas percepções atraves dos registros do nosso prezado “correspondente” e ilustre participante Gustavo Uchoas.
Ainda não foi nessa edição da FLI que consegui participar, mas com certeza outras acontecerão e estarei pessoalmente lá para desfrutar dessa tamanha experiência literária.
Parabéns aos organizadores, colaboradores e participantes que valorizam a FLI que a cada ano mais se estabelece e cumpre a sua função como promotora e incentivadora da cultura/literatura.
O texto da Prezada Malu é completamente impecável, mas aqui, faço questão de destacar três parágragos e que irei compartilhá-los em outros grupos:
“O que muitas prefeituras não compreendem é que, as feiras de literatura não foram criadas para enaltecer celebridades, mas sim para confraternizar a memória local, colocando juntos escritores e leitores locais ou de municípios próximos, produzindo relatos de vivências diferentes.”
“A importância dos alunos nesses eventos é de extrema relevância, uma vez que uma das funções da escola, além de desenvolver o ensino sistemático, é também proporcionar atividades culturais transversais.”
“A necessidade de valorizar o artista local, seja ele de qualquer segmento é enaltecer aquilo que de melhor o município produz, como patrimônio material ou imaterial.”
Grata pelas palavras sempre sábias, Adalton.
E fique à vontade, pois as palavras foram feitas para voarem e pousar, onde seja preciso que elas pousem…
Olá Malu, estive quinta à noite na abertura e sexta durante a tarde na FLI, no sábado viajei, tinha um compromisso em Lavras. Parabéns pela matéria. De fato a FLI tem sido um referencial, um espaço precioso da literatura regional, assim como é em Passa Quatro. A turma do grupo de escritores “Prosa e Verso”, ao qual pertenço fica agitada, na expectativa e tem sido assim nos últimos 5 anos. A FLI tem para nós, guardadas as devidas proporções, o mesmo efeito da Bienal do eixo Rio/SP. Mobiliza a cultura. E isso é muito bom em todos os sentidos.
É tão bom poder saber que tem coisas boas acontecendo e mudando aos poucos o cenério da LITERATURA. Grandes movimentos ainda irão acontecer para que as mudanças sejam realmente profícuas.
Como sempre seu texto está impecável! Vc soube nos fazer criar imagens mentais com dua leveza usando as palavras certas. Parabéns pelo seu tecto que é crítico também, sabendo mostrar a realidade de uma feira. E parabéns aos organizadores e responsáveis pela feira. Meu abraço aos itanhudenses.
Bj querida
Encantada com a organização! Parabéns pelo registro Malu!
Quem participou disse que foi maravilhoso… Tudo é questão de administração pública e envolvimento com a sociedade…