NAU SOLITÁRIA…

Passo pelas tuas noites
mas nunca fico.
Não pertenço a lugar algum,
apenas permaneço pelo tempo
que dura a magia e perdura a ilusão.
Nada é consistente!
Tudo é fictício!
Passos,
toques,
sinestesia da pele,
simbiose do coração…
Dou cabo das tuas noites,
tintura argêntea da lua,
vela acesa, na minha direção…
Não sei se parto em busca do meu ofício,
não quero cometer sacrifícios,
pois sou bola de gás
que some na amplidão.

Passo pelos teus sonhos,
mas nunca fico.
Barco, veleiro, nau imensa
perdendo-me num mar de solidão.

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