CHORA, VIDA…

Chora a vida, mas nem sempre choro com ela…

Para feridas e mortes, nunca acendi uma vela.

Choram os sinos, distantes das capelas

E, em coro vão arrastando as luzes das sentinelas.

Não há canto que proteja

A fúria do abutre algoz

Não há voz que solfeje a Sinfonia Fantástica de Berlioz.

Chora a vida sem as minhas lágrimas,

Que estão secas e encanadas,

Segurando as mãos ainda mornas, das almas penadas.

E na vida que chora, sem uma gota sequer das minhas águas salgadas,

Apenas choram os meus reflexos, sobre a água que não é molhada.

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