Só para que saiba, aqui chove muito. Choveu a noite toda. Agora é garoa fina e, por conta do calor, tudo vira neblina a envolver as paisagens.
Os trovões foram tambores, no escuro da madrugada, iluminada apenas pelos relâmpagos, feito flashes de fotografias.
E, eu, encolhida sobre a cama, com o rosto perdido pelos travesseiros, sonhei profundamente com você. Sonhos leves e em tons pastéis, mas de uma intensidade avassaladora.
A manhã já se põe alta, quase por volta do meio-dia e eu continuo imóvel, sob os lençóis.
Não quero que nada me roube as sensações ternas deixadas pelos sonhos.
É imprescindível sonhar-te, assim como também o é escrever-te – forma única que encontrei de viver-te, já que me é apenas uma mescla tênue de platonia, como bem sabe.
Um leve beijo e um breve abraço
Penélope
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Leve, terno, poético, sentimental. Me recordou uma música de Leandro e Leonardo:
“Chuva no telhado,
vento no portão
e eu aqui nessa solidão…”
Que bom poder ter até trilha sonora. Teve uma época em queescrevia e achava uma canção para cada texto elaborado.
O Reino de Platônia se comunica com o de Morpheus todos os dias por algumas horas. E tudo é possível em cada Infinito Particular.
Ainda bem que ainda preservo meu Infinito Particular, onde somente eu adentro e compreendo o que nele acontece. No demais é só superficialidades. Um infinito impenetrável, que me protege. Assim eu vivo.
Lindo, Malu! Viajei em cada cena…e memória.
E são memórias muito especiais, Giverly… Poucos conhecem.
Muito doce ..Gostei muito!
É bom saber que a escrita toca, faz as pessoas gostarem, se encontrarem em cada linha ou serem alheias a elas…
Agradeloas impressões deixadas.