A mãe sente e pressente
A semente em seu ventre
E impelida por intensa luz
Abriga um ser ardentemente
Por ele abre seus espaços nos vãos das suas entranhas
E o alimenta ferozmente com o fervor de suas sanhas
O rebento vem ao mundo
E a mãe se ilumina
De sorriso em sorriso mais o leite do seu peito
A criança se arrima
Muitos anos de alegria
Tecendo eternos sentimentos
O menino vira homem e na guerra se consome
A mãe, agora, de coração vazio
Na derradeira iminência de um precipício
Queda-se em clausura e some-lhe os sorrisos
Apegada aos santos, nas rezas e esperanças
A mãe afaga o filho
No que restou das suas lembranças
Poema feito com a premissa do FILME – MEU PEQUENO SENTINELA
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