Cansei da lua cheia!
Quero o sol que incendeia
E aquece os calafrios que correm por mim.
A cor amarelo-prata saturou as minhas retinas…
Preciso dos dourados raios
Cheios de purpurina.
Quero rodopiar,
Aprender todos os passos das bailarinas,
À meia-ponta ou ponta inteira.
Quero florir nas cores rosas das cerejeiras,
Contornar as bordas do infinito,
Sair de vez dos sonhos aflitos
Com os braços em riste
Ostentando a saia cintilante de frufru.
Sem sequer fazer um espacato,
Quero me livrar de todo o recato
E com força libertar o meu ser.
Entre as vias da liberdade,
Nos fios densos que cercam as calçadas,
Numa noite desenluarada
Com a alma resplandecente em brasas,
Hei de seguir em cavalgada,
Deitar sobre a relva molhada
Aguardando pelo mais belo amanhecer.
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