DA COR DA TERRACOTA

Só sei ser assim,

Essa mistura quase aguda de sonhos e versos

Cubro-me de folhas e barro para aquecer-me no inverno.

Possuo essa inexplicável simbiose,

Que em meu peito ramifica-se em infinitas cores,

Vou amando descontroladamente,

Um amor para vários amores.

Pés no chão… passos leves…

Flores sempre às mãos no prenúncio da primavera.

Vicejo somente no outono,

Onde a temperatura é o que menos importa…

Caminho segura e faceira

Em corpo nu, da cor da terracota.

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